
Minha culpa, minha máxima culpa.
A culpa é um dos sentimentos mais eficazes na autoflagelação e um instrumento poderoso ao qual podemos ser submetidos no jogo de manipulação na relação com o outro.
Culpa é o padecimento emocional gerado por um comportamento tido como reprovável pela própria pessoa, calcado nos valores, regras e normas adquiridos através da família, religião, escola e toda forma de aculturação social.
-Esta voz interna e por vezes externa que nos diz que poderíamos ter feito algo diferente em determinada situação e não o fizemos-.
Partindo do princípio que não existem certezas em nossas escolhas já que somos seres imperfeitos errados e errantes nesse mundo, não somos capazes de fazer sempre as melhores e as mais assertivas escolhas diante de tantas situações que a vida nos apresenta diariamente.
A vida simplesmente acontece, se apresenta e não temos a capacidade de controlar seus efeitos. Somos impotentes diante do todo e de tudo.
Aceitar a possibilidade do erro é aceitar nossa humanidade com humildade e essa aceitação nos liberta da culpa. Estamos sempre entre o céu e o inferno que nos habita. Aceitar nossas fraquezas, inconsistências, contradições e falhas nos coloca diante do céu; não acertamos tudo, não controlamos nada e quase nada compreendemos, o contrário nos remete a prisão infernal.
A culpa é uma dívida impagável, um crime que não prescreve. Somos responsáveis pelos nossos atos. Alguns poderão ser remediados, muitos serão irreparáveis.
Resta-nos as des-culpas, o auto perdão e o aprendizado com os erros para que possamos fazer melhor da próxima vez.
Ouça sua intuição sem a contaminação dos ruídos sociais, liberte sua mente dos padrões impostos, seja coerente com suas verdades, limpe-se daquilo que te intoxica.